Celebramos hoje a memória do martírio de São João Batista, segundo a tradição cristã, como a festa da Degolação. No calendário litúrgico da Igreja, esta comemoração iniciou na França, no século V, sendo introduzida em Roma no século seguinte. A origem da comemoração foi a partir da construção de uma igreja em Sebaste, na Samaria, sobre o local indicado como o do túmulo de São João Batista.
O Senhor Jesus era primo de São João e foi quem melhor soube levar ao povo a palavra do Mestre. João Batista foi o precursor do Messias. Foi ele que batizou Jesus no rio Jordão e preparou-lhe o caminho para a pregação entre o povo. Não teve medo e denunciou o adultério do rei Herodes, que vivia na imoralidade com sua cunhada Herodíades.
A ousadia do profeta despertou a ira do rei, que imediatamente mandou prendê-lo. João Batista permaneceu na prisão. Até que, durante uma festa no palácio daquela cidade, a filha de Herodíades, Salomé, instigada pela ardilosa e perversa mãe, dançou para o rei e seus convidados. A bela moça era uma excelente dançarina e tinha a exuberância da juventude, o que proporcionou a todos um admirável espetáculo.
No final, ainda entusiasmado, o rei Herodes disse que ela poderia pedir o que quisesse como pagamento, porque nada lhe seria negado. Por conselho da mãe, ela pediu a cabeça de João Batista numa bandeja. Assim, a palavra do rei foi mantida. Algum tempo depois, o carrasco trazia a cabeça do profeta em um prato, entregando-a para Salomé e para sua maldosa mãe. (Segundo o Evangelho de Marcos).
Ainda segundo o evangelista Marcos, João Batista, antes de ser decapitado, exultou em voz alta: "Agora a minha felicidade será completa; ele deve crescer, eu, ao contrário, diminuirei". É justo venerarmos com alegria espiritual a memória de quem selou com o martírio o testemunho que deu em favor do Senhor.
Não há que duvidar, se São João suportou o cárcere e as cadeias, foi por nosso Redentor, de quem dera testemunho como precursor. Também por ele deu a vida. O perseguidor não lhe disse que negasse a Cristo, mas que calasse a verdade. No entanto morreu por Cristo, não é motivo de tristeza, mas uma alegria do coração. A missão e vocação de cada cristão, na Igreja e no mundo, é doar a vida para que todos tenham vida. É anunciar o bem, sem ter medo de denunciar os esquemas contra a vida e a injustiça.
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Equipe Diga Sim Atibaia, via Portal MI
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